Sinergia para a autonomia? Como assim?


A Grande Onda de Kanagawa, Katsushika Hokusai, entre 1830 e 1833

Você sabe o que quer dizer “sinergia”? Pesquise rapidinho. Os resultados que você vai encontrar vão todos (sinergicamente) na mesma direção.

Esta palavra pode estar associada a fisiologia (a ação associada de dois ou mais órgãos), relacionamentos (quando pessoas caminham num mesmo propósito), química (a ação de dois compostos num ambiente ou organismo é maior que a soma das ações de ambos separados)… Talvez você já tenha entendido.

A palavra pode ser usada como sinônimo de cooperação, colaboração, união de unidades de trabalho. É quando duas pessoas, ou seres, ou energias, ou… (insira aqui o que quiser) trabalham num mesmo sentido e de maneira coordenada em direção a um mesmo resultado, frequentemente relacionado a alguma tarefa complexa. Gosto particularmente desta ideia de que “é o momento em que o todo é maior do que a soma das partes”.

E autonomia? Talvez com esta você já seja mais familiar. Talvez você mesmo se (auto)declare profissional autônomo. Significa a capacidade de fazer algo de maneira autossuficiente, independente. Pode ser sinônimo de liberdade, autogoverno, emancipação, soberania.

Sinergia fala sobre ação conjunta. Autonomia, sobre ação individual. Nem por isso são opostas. Elas se encontram no propósito da ação. Quando forças autônomas trabalham sinergicamente para um mesmo propósito, multiplicam suas possibilidades e resultados.

Encontramos, em todos os cantos do mundo, indivíduos e grupos questionando, agindo, propondo formas de viver e de interagir diferentes do que “já estava aí” quando nascemos. Do que você talvez em algum momento tenha pensado ser natural ou intransponível, quando na verdade não passam de criação coletiva humana.

E se estes grupos se conhecessem e se reconhecessem? E se criassem sinergia? Como barcos numa mesma onda, e se sua autonomia fosse reforçada pelo simples fato de compartilharem desafios, mesmo que à distância, com seus semelhantes? E se esta grande mente coletiva, que é o que acredito ser a Internet, pudesse se coordenar de maneira mais verdadeira por meio da ação de cada um de seus “neurônios”, que são as pessoas que a utilizam?

Vamos de “E se…”.


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